sábado, 27 de dezembro de 2014

#UMAPALAVRINHA SOBRE O RACISMO

     
     Muitos brasileiros já bateram no peito, dizendo ter orgulho de fazer parte de uma nação com uma das maiores variações étnicas do mundo. Temos brancos, negros, índios, japoneses, mestiços, alemães e muitas outras etnias. E isso realmente é um motivo de orgulho. Mas uma coisa que me faz sentir vergonha é saber que algumas pessoas fazem questão de fazer uma certa "separação" de classes com relação á esse assunto. Estamos beirando de 2014 para 2015 e ainda não conseguimos erradicar o racismo de nossa cultura. Pode ser que de uns tempos pra cá foram feitas muitas campanhas, leis a favor dos negros, condenações por racismo, entre outras coisas. Mas o simples fato de haver uma lei que proteja os negros significa apenas que os mesmos ainda correm perigo. Ainda hoje são feitas piadas, acepções, violência e desrespeito. 
      O racismo, como muitos outros problemas enfrentados em sociedade, está presente em todas as classes sociais. E não há um número maior em comparação de uma classe para outra. Esse preconceito tem a mesma proporção em todas as pessoas que o praticam. Infelizmente, nós seres humanos temos o dom de querer herdar, mesmo inconscientemente, a cultura de nossos ancestrais, sejam elas positivas ou negativas. E algo que herdamos dos Portugueses desde a época do Descobrimento e da Colonização foi o costume de tratar negros como animais. Escraviza-los, faze-los viver a pão e água, colocar em um tronco e discipliná-los com chibatadas era rotina entre as grandes personalidades em diversos momentos da história mundial. Há muitos livros e filmes que retratam esse preconceito vergonhoso. Um filme que eu acredito que nos faça refletir muito bem sobre essa questão é o "Amistad", que conta a história de um navio que transportava escravos. Esse filme, além de conter cenas fortes, nos faz viajar no tempo e ver que o racismo não é uma falha atual. Desde os primórdios, os negros lutam contra sua própria espécie para sobreviver.
       E nós não devemos pensar que a crueldade contra os negros foi vencida por Zumbi ou por Nelson Mandela. Essas duas personalidades foram cruciais para mudar esse cenário, mas cabe a todos nós essa consciência. Como é uma herança macabra, devemos educar nossas crianças desde pequenas a prática da aceitabilidade. E eu não estou dizendo para tratar um negro de forma especial. Estou dizendo para trata-lo como igual, como um irmão, pois é o que somos. A cor da pele deve ser a coisa mais irrelevante na relação entre pessoas. Por mais que possa parecer difícil, devemos tirar de nossas cabeças a ideia de que uma pessoa de cor pedindo dinheiro no farol, toda mal-vestida irá nos roubar, sendo que na verdade, existem muitas pessoas "brancas" em Brasília, vestidas com terno e gravata que roubam muito mais de nós todos os dias.
     A maior prova do preconceito racial em nosso país são as cotas para negros nas universidades. Não tenho medo de dizer que isso é uma injustiça. Colocar uma pessoa em uma faculdade apenas pelo fato dela ser negra significa jogar na cara que ela é digna de pena e se ela não tiver esse tipo de benefício, nunca irá conseguir nada pelo seu próprio esforço. Somos todos humanos, filhos de Deus, todos temos sentimentos, temos tristezas, alegrias, compaixão. Somos todos guerreiros.

#SOMOSTODOSIGUAIS

Everton Timóteo

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